As mudanças ocorridas na conceituação da ciência durante o século XVI, bem como os avanços científicos da época, resultaram em fortes transformações na sociedade, modificando o agir e o pensar das pessoas. Tais mudanças podem ser observadas sobre três óticas distintas: pessimista, otimista e moderada.
Seria irônico dizer que a ciência é benéfica ou maléfica, posto que esta por si só não nos influencia, na verdade, nós que atribuímos a ela caráter de benevolência ou malevolência a partir do momento em que a utilizamos como ferramenta em nosso cotidiano. A ciência descansa imaculada a espera de quem a utilize sob julgo de seus ideais.
A partir de uma análise empírica acerca dos impactos ocasionados pelo uso da ciência, pode-se dizer que há uma razão moderada entre maléficios e benefícios. É incontestável o mérito de grandes cientistas, que contribuíram para cura de doenças e mitigação de problemas sócio-econômicos, todavia, são incontáveis os prejuízos gerados pelo mau emprego da ciência, como a bomba atômica e os problemas ambientais.
Entretanto seria incoerente adotar uma vertente totalmente otimista ou totalmente pessimista, pois assim, estaria-se anulando todos os danos ao considerá-la totalmente benéfica e vice-versa. Tudo aquilo que está sob julgo humano é passível de ambiguidade e relatividade, impedindo a construção de um conceito incontestável em sua totalidade. Aos pessimistas, cabe pensar que para solução de todos problemas apontados por eles como sendo causados pela ciência, será utilizado a própria ciência, havendo assim, uma contradição de ideias. Da mesma forma, aos otimitas cabe observar os problemas enfrentados pelo homem em decorrência de suas próprias ações ao utilizar a ciência.
Portanto, o uso de uma ótica moderada pode ser encarada como sendo a mais plausível, por balancear todas características passíveis de serem empregadas durante o uso da ciência, bem como todos possíveis resultados. Concluindo-se que as vezes ficar em cima do muro pode ser a medida mais prudente a ser adotada.
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