Dualismo Cromático


Durante toda a tarde estivera ali sentado, inerte,
apenas contemplando o mar com suas suntuosas e majestosas
ondas azuis. O azul era intenso mui profundo de tão
azul mais parecera ser anil.

Todo o período contemplativo fora regado a musicas
e pensamentos. O que pensara ao certo naquele instante não sei,
sei apenas que em tudo pensara, só não pensara no que estava a pensar.
As musicas embalavam meus pensamentos, distraiam-me os sentidos.

Vagarosamente todo aquele azul sucumbira-se
e dera lugar ao branco resplandecente das espumas
que iam e viam com o balançar das ondas, até reduzirem- se
a pequenas bolhas, que sumiram na areia.

Juntamente com o azul do mar iam embora os meus
pensamentos. Pensamentos incertos, insensatos, incoerentes,
abstratos, surreais até podiam ser, mas algo me diziam.

Naquela tarde estivera ali só, não escutara a voz de ninguém,
nem o ruido de nada, mas apesar disso sentira-me muito
feliz e completo, por passar a tarde afogado em pensamentos
escutando meu próprio silêncio, sem falar do azul que confundira-se
com o branco, numa eterna luta cromática.

Arthur A. Melo

Unknown

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6 comentários:

  1. traduziu algo que já senti.
    e me lembrou uma música de uma banda chamada forfun (se eu não me engano, é esse o nome), mas infelizmente não me lembro do nome da banda

    beijos
    http://andnobodyelse.blogspot.com/
    acabei de postar.

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  2. As vezes eu também gosto de andar a ermo nas areias de Copacabana, aqui no Rio.

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  3. Anda me faltando tempo pra me afogar nos pensamentos..

    mas como uma amiga minha disse: "Quem pensa demais não vive.."

    Não eu não concordo
    xD

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  4. Belo poema...

    Adoreii seu blog...
    Bjinhuss

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  5. Contemplar o oceano, sozinho, é uma experiência única, de sentidos despertos...lindo texto..e a foto da vontade de cair na água..rs

    http://infonews2012.blogspot.com

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