Anúncios publicitários do século passado que perderam o sentido

A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de idéias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, propaganda comercial. Sendo assim, ao analisarmos o material publicitário de um determinado período histórico somos capazes de inferir sobre a sociedade que viveu na época do material. Vejamos abaixo algumas publicidades de medicamentos, da primeira metade do século passado, que prometiam curas milagrosas:

O anúncio publicado no jornal, em 1 de maio de 1916, dizia: "Pobreza do sangue e vício! Riqueza do sangue faz a felicidade! E esta riqueza se adquire graças ao Quinium Labarraque.", fazia-se uma chacota relacionando a doença à pobreza e a felicidade à riqueza, revelando a grande desigualdade social vivida na época.

Anúncio de 17 de maio de 1935, do até hoje produzido Biotônico Fontoura. Sob o slogan: O Brasil quer gente forte “Antes fraco e desanimado, um imprestável. Hoje cheio de saúde e vigor graças ao Biotônico Fontoura”. Vale lembrar que em 1935 Luis Carlos Prestes retornava ao Brasil incumbido de promover no país uma revolução armada que possibilitasse a instalação de um governo revolucionário, logo no instável clima político era necessário despertar a população para formação de contingente.

Anúncio descrevia o suicídio como consequência de doenças e dizia: "Previnam-se especialmente contra as enfermidades dos rins e da bexiga, tomando cada mês, durante alguns dias, alguns comprimidos 'Schering' de urotropina, o maior desinfectante das vias urinárias.", talvez seja esse um dos piores anúncios da história da publicidade brasileira, mostra o descomprometimento das empresas para com a população, fazendo uma apologia indireta ao suicídio.

O anúncio retrata um pai batendo no filho, enquanto este queria apenas o xarope Bromil para curar sua tosse. Sem muito esforço podemos perceber que a imagem traduz a expressão popular "mostrar o que é bom para a tosse". A propaganda foi veiculada no dia 3 de fevereiro de 1938, nos dias de hoje certamente ela seria vetada pelos órgãos de defesa dos direitos das crianças.


no anúncio vemos o seguinte diálogo:
“- Sou magra de nascença…nunca passarei disto!
- Eu dizia o mesmo antes de usar Vikelp!"
Acompanhado do slogan: "Os magros de nascença podem ganhar dois quilos numa semana e ter um aspecto melhor. Use Vikelp durante uma semana e veja a diferença. Se V.S. não lucrar ao menos dois quilos, devolveremos o seu dinheiro”. Por mais incrível que possa parecer trata-se de um remédio para engordar, o anúncio data de 1940, quando os padrões de beleza eram outros, as rechonchudas que faziam sucesso. Agora vemos porque nossas avós sempre nos querem engordar.

Como podemos perceber a sociedade se modifica no decorrer dos anos e assim algumas campanhas vão perdendo o sentido, concomitantemente aos padrões impostos pela sociedade. E hoje com a quantidade de informação que recebemos, diariamente, o prazo de validade das campanhas publicitárias tendem a ser bem menores.

Fonte: Wikipédia



Unknown

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4 comentários:

  1. Bem interessante o artigo, agora entendo porque cresci tomando remédio para engordar rs, como se minha magreza fosse doença, hoje vivo bem com ela, não preciso tomar VIKELP kkk.

    Abraço!

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